Friday, October 21, 2011

calar



Preciso urgentemente aprender o significado de silêncio.

Preciso aprender a calar todos os meus medos e receios infundados, que dão alento a uma língua destrava.

Sinto que preciso domesticar a minha língua e impedi-la de pensar. Sim, a minha língua pensa muito mais do que o meu cérebro! Fala muito mais do que o que deveria falar.

Não compreendo a sua necessidade de complicar o que é perfeito e descomplexado! Não compreendo a sua necessidade de ensombrar o que é tão radioso e mágico.

Compreendo, apenas, que é urgente um curso intensivo sobre “como manter a minha língua longe da minha vida”.

Talvez a culpa não seja dela, mas minha! Porque deixo que a mulher decidida e forte seja aprisionada pela menina frágil e insegura.

A insegurança persegue-me, sem razões ou motivos. Ela simplesmente, persegue-me, atormenta-me, tolda-me a racionalidade e deixa-me á deriva.

Eu sei que não tenho razões para duvidar, nem motivos para recear. Mas receio. Inexplicavelmente, eu receio!
E, Inevitavelmente a minha língua fá-lo sair e atacar quem não deve ser atacado por ele.

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